O protagonismo da terceira idade na transformação do mercado de consumo
Vivemos uma verdadeira revolução silenciosa, mas poderosa: o crescimento da economia prateada, impulsionada por uma geração 60+ ativa, conectada, exigente e com poder de compra cada vez mais relevante. O que antes era visto como um nicho de mercado, hoje é uma das maiores potências econômicas em ascensão.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a população idosa será mais numerosa que a de jovens até 2050. No Brasil, dados do IBGE indicam que, em 2030, teremos mais idosos que crianças de 0 a 14 anos. E com essa mudança demográfica, surge também um novo comportamento de consumo.
Quem são os protagonistas da economia prateada?
A chamada geracão prateada é composta por pessoas com 60 anos ou mais, que vivem mais, com melhor qualidade de vida e querem aproveitar essa fase com liberdade, autonomia e bem-estar. Esses consumidores não são passivos; eles têm preferências claras, são informados, valorizam experiências significativas e estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços de qualidade.
Mais do que um grupo etário, a economia prateada representa um novo modelo de comportamento, que desafia estereótipos antigos sobre envelhecimento. Pessoas com 60, 70 ou mesmo 80 anos estão viajando, estudando, empreendendo, consumindo moda, se digitalizando e praticando esportes.
No blog Viva Mais Vida, você encontra diversas matérias que mostram esse novo estilo de vida sênior, como este artigo sobre independência na terceira idade.
Onde está o consumo da geração 60+?
Os setores que mais têm sentido o impacto positivo da economia prateada incluem:
1. Viagens e turismo
Idosos viajam mais e com mais frequência. Eles buscam roteiros personalizados, confortáveis e com propostas culturais, gastronômicas e de lazer. Projetos como o Projeto 60 anos têm surgido para atender especificamente esse público.
2. Moda e beleza
A moda começou a perceber o valor de atender consumidores mais velhos com peças elegantes, confortáveis e que respeitam o estilo e o corpo da maturidade. A representatividade em campanhas também vem crescendo.
3. Moradia e arquitetura
Projetos de moradia pensados para o envelhecimento ativo, com acessibilidade, segurança e convívio social, estão em alta. Modelos como o cohousing e as residências colaborativas atraem idosos independentes.
4. Educação continuada
Universidades abertas, cursos de tecnologia, idiomas e artes têm recebido cada vez mais alunos da terceira idade. Essa geração não quer parar de aprender e se manter atualizada é prioridade.
5. Tecnologia e consumo digital
Segundo pesquisa da FGV, mais de 65% dos brasileiros com mais de 60 anos usam internet regularmente. Eles estão no WhatsApp, no Facebook, em sites de compras e até no TikTok! Plataformas como o SeniorGeek têm ajudado nesse processo de inclusão digital.
O que o mercado precisa entender
Para dialogar com a economia prateada, empresas e marcas precisam deixar de ver esse público como “idoso dependente” e começar a tratá-lo como protagonista da própria vida. Isso significa:
- Criar produtos com design acessível e bonito;
- Oferecer experiências completas, com conforto e serviço personalizado;
- Garantir comunicação clara, sem infantilização;
- Incluir pessoas 60+ na representação de campanhas e no desenvolvimento de soluções.
Ignorar esse público é perder oportunidades de crescimento. O poder de compra dos 60+ no Brasil já ultrapassa R$ 2 trilhões por ano, segundo levantamento do Sebrae. No mundo, esse número chega a US$ 15 trilhões!
Mais que consumo: impacto e consciência
O consumo sênior também está relacionado a escolhas conscientes. A geração 60+ tende a valorizar marcas que tenham propósito, respeito e valores alinhados ao bem-estar coletivo. É um consumo com significado.
Esse perfil exige do mercado não apenas ofertas personalizadas, mas relacionamentos de longo prazo, baseados em confiança, empatia e escuta ativa.
E como aproveitar melhor essa nova fase?
Para você que está nessa fase da vida ou está se preparando para ela:
- Explore seu potencial como consumidor e reivindique atendimento digno e eficiente;
- Invista em conhecimento, cultura e viagens que tragam prazer e crescimento;
- Exerça sua influência participando ativamente de discussões sobre envelhecimento e representação;
- Consuma com consciência, apoiando iniciativas que valorizam a economia prateada.
Leia também no Viva Mais Vida: Aproveitando o lazer na terceira idade e descubra novas formas de bem viver.
A economia prateada não é o futuro, é o presente. E quanto mais olharmos para a geração 60+ com respeito e protagonismo, mais avançaremos como sociedade.
Acompanhe mais sobre longevidade, qualidade de vida e protagonismo sênior em www.vivamaisvida.com.